A GRSA, maior empresa de refeições coletivas do país, elabora um novo formato de gestão, baseado numa adaptação do modelo de franquias, para transferir decisões da sede para as filiais. A descentralização do poder é uma tentativa de reverter sucessivos fracassos na implantação de novos serviços da GRSA pelo país. Até março de 2007, as filiais só gerenciavam o nogócio mais tradicional da companhai, os restaurantes empresariais. Segmentos mais recentes como o da saude, e o da educação ficavam sobre o controle da matriz, modelo que se mostrava caro e ineficiente, por não possuirem uma estrutura de transferência de conhecimento de novos segmentos para as regionais, o que economicamente estava se tornando inviável. Os resultados da mudança já começam a aparecer. Hoje os segmentos de saúde e educação correspondem a 10% das vendas de 1,3 bilhão de reias em 2007.
Uma das idéias centrais é fazer com que as filiais pensem como a matriz. Transferir à matriz metade da receita com novos clientes. A idéia do repasse é que os escritórios locais ajudem a investir na marca. Po outro lado são responsáveis de fazer com que a operação se sustente com a outra metade. As filiais agora bancam, por exemplo, 50% dos custos com treinamento de funcionários e viagens e profissionais da matriz para inspenção. As tarefas de prospectar clientes e negociar contratos também foram transferidas para as filiais que agora possuem metas para cada negócio.
Para que os franqueados internos, aprendessem a negociar e a gerenciar os restaurantes, a GRSA distribuiu uma manual de 232 páginas sobre as operações de todas as divisões da companhia. Também criou cargo de gerentes de suporte de franquia para as escolas e hospitais, sendo responsáveis por treinar funcionários em cada inauguração.
A nova estrutura da GRSA, deve ajudar a companhia a desbravar com sucesso um mercado pouco explorado no segmento das escolas e hospitais.
Fonte: Extraída da Revista Exame, pgs. 84 e 85, Publicada em 27/2/2008.
